Ela é escritora, poeta,
trabalhadora da cultura, licenciada em filosofia (UFPEL) e mestranda em antropologia
(UFRGS) ela é Atena, a primeira travesti a compor a bancada de vereadores de
Porto Alegre, capital gaúcha.

Nossas câmaras e assembleias
estão ficando cada vez mais coloridas, e as vozes, que outrora ocupavam guetos
e não eram ouvidas, agora encontram nos espaços de políticas públicas, voz e
vez, em 2025 demos um salto gradativo na representatividade LGBTQIAPN+ no Brasil,
movimento puxado pelas esquerdas, e pelos partidos de centro-esquerda, figuras
chaves como Erika Hilton e Duda Salabert puxaram essa evolução que se faz tão
necessária em nosso país.

Em dados levantados pela ANTRA,
Associação Nacional de Travestis e Transexuais, pelo menos 28 posses
aconteceram no início deste ano, mandatos participativos e populares, à favor
das minorias, das mulheres, dos LGBTs, e principalmente dos direitos humanos
iguais, entre bancadas de discursos de ódio, apologia à violência, e de gritos
para cessar com nossa existência, o movimento LGBTQIAPN+ resiste, e luta, com
parlamentares e vereadores ativos, com vozes que ecoam além da nação, ainda vivemos
em um país que em sua maioria nos condena, e é retrógrado, porém não podemos
negar que em cada eleição e cada ano que se passa, damos mais um passo em uma
de direitos, resistência e EXISTÊNCIA!

Atena, além de ter sido eleita democraticamente,
faz história, ao compor a mesa diretora da câmara, indicada pelo seu partido, o
PSOL.

Em 2025, esperamos mais ação dos movimentos,
esperamos leis que possam nos garantir o acesso à saúde e a educação básica,
projetos que visem estimular o emprego, a renda, o empreendedorismo e a cidadania
LGBTQIAPN+, E essas vozes trans que hoje bradam nos trazem confiança em um
futuro cada vez mais positivo e melhor para nossa comunidade.