Vai ter Travesti escritora Sim! Dediane Souza, lança livro em Fortaleza para coleção Flecha da editora UFC.
Dediane Souza lança livro sobre narrativas de humanidade travesti na Universidade Federal do Ceará.

Escrito por Bruno Ribeiro- com informações @editoraufc
Dediane Souza, uma personalidade
conhecida de nossa comunidade em todo o nordeste e em todo Brasil, vai lançar
um livro. Aprovado em um edital, o livro fará parte de uma coletânea que será
lançada em 16/12, segunda-feira na Universidade Federal do Ceará (UFC) pela editora
UFC. Trata-se da coletânea “FLECHA” que traz reflexões essenciais para os desafios
do Brasil do século XXI, e temas com ciência, sociedade e democracia.
No seu livro, intitulado: “Dando
o nome: Narrativas de humanidades de Travestis.” Dediane traz baseado na antropologia, e na sua
experiência trabalhando com o “Caso Dandara, em 2017.” palavras de luta e
vivência contra a violência e a transfobia a qual travestis e transexuais são
submetidas diariamente, também relata sua experiência com o ativismo em
movimentos sociais e trata de embates e debates emergentes da causa LGBTQIAPN+ em
todo o país.
O livro já foi pré lançado, e será lançado oficialmente
nesta segunda, 16 de dezembro, na Reitoria da Universidade Federal do Ceará, e
o evento é aberto ao público.
Conheça Dediane Souza:
Dediane Souza é Jornalista,
mestra em antropologia UFC/UNILAB, doutoranda em Antropologia Social na UFRN,
travesti, preta, feminista, ativista das pautas de direitos humanos. Diretora
do Grupo de Resistência Asa Branca - GRAB, foi Coordenadora do Centro de
Cidadania LGBT Arouche, equipamento da Secretaria de Direitos Humanos e
Cidadania da Cidade de São Paulo. Foi Conselheira Nacional de Juventude 2012 a
2016 e foi Coordenadora Especial da Coordenadoria Especial da Diversidade
Sexual da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social -SDHDS de
Fortaleza até agosto 2021.
O que foi o caso Dandara?
Um assassinato acontecido em 15
de fevereiro de 2017, na periferia de Fortaleza, que parou e chocou o Brasil,
com viés de tortura, a vítima, que era travesti, foi espancada a pauladas,
arrastada, violentada brutalmente e depois assassinada com dois tiros. O caso
foi investigado pelos órgãos competentes e órgãos de proteção aos direitos
humanos, e arrastou-se até 2021, quando o último condenado foi preso por
homicídio triplamente qualificado. Dandara também inspirou artes de resistência
em Nova Iorque, e um livro, chamado “Casulo de Dandara.” escrito por uma
policial civil, Vitória Holanda, que era amiga e parceira da vítima.
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